Archive for the ‘sentido da vida’ Category
A Individuação segundo Goethe
Posted 16 julho, 2013
on:“Quem sou eu? O que eu fiz? Eu recolhi tudo aquilo que observei e aprendi. Minhas obras foram alimentadas por uma multidão de indivíduos diversos, de ignorantes e sábios, de sagazes e tolos. Infância, idade madura e velhice – todas vieram me oferecer seus pensamentos, seus poderes, sua maneira de ser. Muitas vezes recolhi aquilo que outros semearam. Minha obra é a de um ser coletivo e leva o nome de Goethe.”
(17 de Fevereiro de 1832)
“Conversações com Goethe” by Johann Peter Eckermann.
“O ser humano não é completamente condicionado e definido. Ele define a si próprio seja cedendo às circunstâncias, seja se insurgindo diante delas. Em outras palavras, o ser humano é, essencialmente, dotado de livre-arbítrio. Ele não existe simplesmente, mas sempre decide como será sua existência, o que ele se tornará no momento seguinte.”
Viktor Frankl
Psicoterapia Antroposófica
Posted 3 junho, 2013
on:- In: antroposofia | criança | psicoterapia | sentido da vida
- 5 Comments
Linha alternativa de abordagem psicoterápica com base na filosofia criada pelo pensador austríaco Rudolf Steiner, no final do século XIX. Baseando-se nos estudos esotéricos da Helena Petrowna Blavatski e na teoria filosófica de Goethe, Steiner criou a Antroposofia suas inúmeras aplicações em todas as áreas do conhecimento humano (Medicina, Farmácia, Arquitetura, Engenharia, Dança, etc). A Psicologia Antroposófica foi uma lacuna deixada por Steiner e que passou a ser preenchida na segunda metade do século passado por autores como Rudolf Treichler e seu filho Markus Treichler, porém sem conformar-se ainda como uma teoria completa. Uma das grandes contribuições para o entendimento da Psicologia Humana é o estudo da Biografia. No Brasil, a médica alemã Gudrun Burckhart desenvolveu centros de estudo biográfico, como o Artemísia em São Paulo, onde pessoas se propõem a passar um final de semana ou um semana, revendo em grupo o curso de suas vidas. Como psicoterapia propriamente dita, a Antroposofia ainda conseguiu se definir até o momento. O que se vê é que existe uma tendência forte em unir as idéias antroposóficas à outras linhas pré-existentes, variando muitíssimo de terapeuta para terapeuta. Terapias coadjuvantes ligadas à Antroposofia podem ser muitos úteis, quando associadas a uma psicoterapia: Massagem Rítmica, Eurithmia Curativa e Terapia Artística, por exemplo. A própria medicação antroposófica (homeopática, fitoterápica ou alquímica) facilita muitíssimo o desenrolar do processo psicoterapêutico, seja em que linha for.
Artigo escrito por Dr. Bernardo Lynch de Gregório
Transcendência e Auto-Realização
Posted 31 maio, 2013
on:Uma pessoa sempre está projetando-se para além de si mesmo, dedicando-se a alguém ou a alguma coisa, em nome do amor. Desta forma, a pessoa pode encontrar sentido no mundo exterior. O homem transcende sua existência ao amar outra pessoa ou dedicar-se a alguma causa, ao invés de ficar fixado em seu umbigo, contemplando-se. A auto-realização é conseqüência desta transcendência, e isto pode ser percebido em diversos exemplos de personalidades famosas, como Martin Luther King, Madre Tereza de Calcutá (mesmo com seus conflitos em relação à fé), Gandhi, etc. Guardadas as devidas proporções, podemos encontrar esta transcendência em situações do nosso cotidiano como, por exemplo, na dedicação a nossos papéis familiares, como pais, filhos, irmãos. Assim, a melhor maneira de conseguir a felicidade é dedicando-se a causas desinteressadas.
Pó e Luz
Posted 24 maio, 2013
on:“Não há oposição entre o conhecimento de si mesmo que a psicologia propõe e o conhecimento de si mesmo que a espiritualidade propõe. Porque uma psicologia que não se abre a um itinerário espiritual corre o risco de nos enclausurar e, mesmo, nos desesperar. (…) Assim, o que impressiona em um ser humano que entrou neste caminho de transformação é, ao mesmo tempo, sua grandeza e humildade. Ele sabe que é pó e que ao pó retornará. Mas sabe também que é luz e que à luz retornará. E o que é o ser humano, senão esta poeira que caminha para a luz e que dança nela? É a este caminhar, a esta marcha que nós somos convidados por Fílon de Alexandria, Francisco de Assis e Graf Durckheim. E a vocês todos, desejo uma boa caminhada, um belo itinerário, com cumes e vales a atravessar. Porque o importante mesmo é caminhar!”
Extraído do Prefácio do livro Terapeutas do Deserto, de Leonardo Boff e Jean-Yves Leloup
Vida e Destino
Posted 23 maio, 2013
on:As almas em seus carros alados, quando antes de encarnar, chegam a um grande descampado, dão uma olhada para o alto. Contemplam em seus pedestais, a Justiça, a Beleza, o Pensamento, a Temperança, o mundo das idéias eternas e imutáveis, que ficam na “planície da Verdade”, diz Platão. Logo em seguida, elas escolhem o que vai ser a “sua vida efêmera”, à qual permanecerão ligadas por obra de Necessidade. Deusa caprichosa, ela, que tece seu fuso, e suas filhas, as temidas Parcas, cortam o fio da existência quando querem. Bebendo no rio do Esquecimento, prossegue o mito, perdemos a memória dessa escolha inicial de nossas almas – sem culpa nem responsabilidade de ninguém mais – cujo vínculo permanece no EU interior, nosso guia e destino ao mesmo tempo.
O Sentido da Vida
Posted 15 maio, 2013
on:O sentido da vida apresenta-se de duas formas, uma mais imediata e uma mais transcendental, e ele manifesta-se pela vocação, que é uma palavra derivada da palavra “voz”. A vocação, portanto, é um chamado para uma tarefa a ser realizada no presente, mas que aponta para o futuro.
Em determinados momentos da vida, ouvimos internamente um chamado, assim como nos contos de fadas e nos mitos. Como reagimos ao chamado? Nos lançamos à aventura de viver o destino que trazemos impresso em nosso eu interior ou fingimos que não o ouvimos e, com medo do desconhecido, nos fechamos em padrões de comportamento aos quais já nos habituamos, mesmo que não sejam agradáveis, mas pelo menos já estamos acostumados a eles?
A filosofia e a ciência, desde o início da Renascença têm se esforçado para fazer crer que não existe um sentido transcendental para o ser humano. Provavelmente como reação aos abusos cometidos na Idade Média em nome de Deus, cujo nome foi usado para justificar toda sorte de explorações e absurdos.
O rápido desenvolvimento tecnológico que começou no século XX nos faz sentirmo-nos parte de uma engrenagem, que funciona por si mesma e que não possui um sentido transcendente. Qual a conseqüência disso? A depressão, a superficialidade das relações, o vazio existencial. Afinal, se eu sou apenas uma parte de um mecanismo, eu posso ser substituído sem prejuízos para tal mecanismo. É para isto que eu sirvo? O ser humano enquanto indivíduo, enquanto ser único, imbuído de uma missão de vida, imbuído de qualidades únicas, ficou relegado a um segundo plano, talvez terceiro ou quarto.
E, no entanto, o ser humano sofre! Sofre por não perceber o sentido maior de sua vida. O resgate deste sentido, desta missão, deste destino, é hoje prioridade para o homem, para que possa alcançar maior realização em sua vida e levar felicidade e realização à vida dos outros.
Tecer da Vida
Posted 14 maio, 2013
on:- In: autodesenvolvimento | comportamento | destino | fio do destino | sentido da vida | tear | tecer
- 1 Comment
A Fome de Sentido
Posted 13 maio, 2013
on:Os contadores de histórias das florestas falam de dois tipos de fome.
Dizem que há a fome física e também a Grande Fome.
Esta é a fome por sentido.
Existe apenas uma coisa insuportável: uma vida sem sentido.
Não há nada errado com a busca pela felicidade.
Mas existe algo grande, o sentido, que é capaz de transformar tudo.
Quando você tem sentido, você é feliz, você pertence.
(Sir Laurens van der Post, no documentário Hasten Slowly)
Páscoa e Liberdade
Posted 5 abril, 2012
on:A Páscoa é comemorada pelos judeus e pelos cristãos. Para os judeus, representa a libertação da escravidão no Egito, mais especificamente, a passagem do anjo da morte matando os filhos daqueles que escravizavam os judeus. Para os cristãos, representa a ressurreição de Jesus no 3º dia após sua morte. Em ambas as situações, a Páscoa simboliza a vitória sobre a morte.
Podemos pensar na morte em si, mas também nas ‘mortes’ que vivemos diariamente, como a morte dos nossos sonhos, das nossas ideologias. A maior morte que vivemos é viver uma vida sem sentido, presos a convenções sociais, repetindo hábitos e costumes, enquadrados em padrões de comportamento. A liberdade maior é encontrar o sentido da própria história e viver dentro deste sentido. E isto não é fácil, mesmo porque a liberdade que nos é presenteada não é liberdade de verdade. Para sermos livres precisamos lutar pela nossa própria liberdade.
Uma dica para esta Páscoa: assista o filme Um Sonho de Liberdade e preste atenção ao discurso do personagem vivido por Morgan Freeman.
Feliz Páscoa e busque sua liberdade do que lhe amarra a partir dela!